Vela e Lamparina

As velas e as lamparinas que se acendem são símbolos do nosso espírito e da nossa alma, que devemos acender com a chama celeste. Quando os tivermos acendido, também poderemos acender outros espíritos e outras almas à nossa volta, tal como acontece nas igrejas na manhã de Páscoa. Cada fiel tem uma vela na mão; o sacerdote começa por acender um círio, o oficiante mais próximo, que o assiste, acende nele o seu; depois, um a seguir ao outro, cada fiel acende a sua vela na de quem está ao seu lado. Assim, dir-se-ia que o fogo, passando de mão em mão, está em andamento, até que a igreja fica cheia de uma imensidão de pequenas chamas. Numa Escola Iniciática, nós aprendemos a acender o nosso espírito e a nossa alma no fogo divino. E, depois de os termos acendido, alimentamos continuamente a sua chama, para que outros espíritos e outras almas possam vir acender-se também nesse fogo. MESTRE OMRAAM MIKHAËL AÏVANHOV

segunda-feira, 29 de outubro de 2018

A Transmissão

A Transmissão

"No entanto, quando se inclinava sobre um doente em total concentração, adquiria a antiguidade de uma tartaruga; nessa altura era fácil acreditar que tinha muitos anos nas costas. Ela observava-o admirada enquanto ele examinava a urina dos seus pacientes num copo e, pelo cheiro e pela cor, era capaz de determinar males ocultos, ou quando estudava as pupilas com uma lente de aumento para deduzir o que faltava ou o que sobrava no organismo. Às vezes limitava-se o colocar as mãos sobre o ventre ou a cabeça do doente, fechava os olhos e dava a impressão de se perder num longo sonho.
- O que estavas a fazer? - perguntava-lhe depois Eliza.
- Sentia a sua dor e transmitia-lhe energia. A energia negativa provoca sofrimento e doenças, a energia positiva pode curar.
- E como é essa energia positiva, Tao?
- É como o amor: quente e luminosa."

in "A Filha da Fortuna", de Isabel Allende.

Partilhado por Elisabete Pinho