Vela e Lamparina

As velas e as lamparinas que se acendem são símbolos do nosso espírito e da nossa alma, que devemos acender com a chama celeste. Quando os tivermos acendido, também poderemos acender outros espíritos e outras almas à nossa volta, tal como acontece nas igrejas na manhã de Páscoa. Cada fiel tem uma vela na mão; o sacerdote começa por acender um círio, o oficiante mais próximo, que o assiste, acende nele o seu; depois, um a seguir ao outro, cada fiel acende a sua vela na de quem está ao seu lado. Assim, dir-se-ia que o fogo, passando de mão em mão, está em andamento, até que a igreja fica cheia de uma imensidão de pequenas chamas. Numa Escola Iniciática, nós aprendemos a acender o nosso espírito e a nossa alma no fogo divino. E, depois de os termos acendido, alimentamos continuamente a sua chama, para que outros espíritos e outras almas possam vir acender-se também nesse fogo. MESTRE OMRAAM MIKHAËL AÏVANHOV

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Que tipo de trabalho?


"Só por hoje, faça o seu trabalho honestamente"


Este é um dos princípios do Reiki. Foi certamente o que me deu mais "trabalho" porque não o compreendi logo à primeira.

Aí está: trabalho. Que tipo de trabalho?  

Sempre fui uma pessoa diligente, preocupada, focada em todos os aspetos da minha vida, pelo que, em consequência, estava a fazer um bom trabalho. 

Compreendi, de repente, como se de uma epifania se tratasse, que era o Trabalho de mudança interior, de mudança de perspectiva em relação a muitas situações da vida, a alteração do modo de compreender os outros e de me colocar no seu lugar, o abandono do julgamento dos outros, a perda de medo do que os outros pensavam de mim. Lenta e paulatinamente fui largando a mochila que me pesava nos ombros e iniciei o Caminho. 

Desconstruí aprendizagens antigas, coloquei-me questões, revoltei-me contra mim própria, fracassei. Todo o percurso de desconstrução é árduo. Crescer não é fácil, não é isto que dizemos aos jovens?

Também nós temos que fazer o nosso crescimento sob pena de estagnarmos na modorra e na tristeza da ignorância. É preciso alimentar o nosso "Chi" interior e expandi-lo na mesmíssima proporção em que expandimos o nosso intelecto e a nossa compaixão.

"Se a nossa existência se converter numa coisa passiva, que os outros estabelecem por nós, nunca conheceremos a liberdade de sermos nós mesmos nem os benefícios da peregrinação para o próprio centro.";

 "Peregrinar em direção a nós mesmos requer confrontarmo-nos na solidão com as nossas próprias contradições" e

 " Mas se soubermos ouvirmo-nos, encontraremos novamente o nosso caminho no nevoeiro" in  "A Cura Espiritual de Siddhartha - A Sabedoria de Hermann Hesse", de Allan Percy.

Partilhado por Elisabete Pinho